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14/12/2013

35°CAP - A APOSTA - PASSEIO DE ESCUNA.




Depois do resgate e de ouvirem um baita

sermão dos professores, os quatro estudantes
ensopados seguiram para seus respectivos
quartos. Nina toma um banho fervendo, com
Nathi e Lais sentadas no chão, ouvindo toda
a narrativa.

— Ainda não entendi o que a Bárbara e o

Bola estavam fazendo ali. Isso está muito
estranho. E você disse que teve a impressão
de estarem sendo seguidos. – Nathi
conjectura.

— Também achei muito estranho. E como

eu disse, eles estavam algemados. – Nina
abre a tampa do condicionador, espalhando o
conteúdo nos cabelos. – Que eles estavam
nos seguindo, disso eu tenho quase certeza.
A pergunta é: por quê?

— A Kibi é louca pelo Harry, acho que ela

faria qualquer coisa para tê-lo de volta. Ou
então, abriria as portas do inferno para que
ninguém pudesse ficar com ele. – Lais
recosta no azulejo frio do banheiro.

— Ela estava seguindo o Harry e a Nina para

ver o que iria acontecer entre eles, é isso?–
Nathi lança a pergunta em meio à névoa
esbranquiçada.

— É a única explicação. – resume Lais.


— Eu sei lá e pouco me importa. A única

coisa que quero é comer, estou morta de
fome.


~~***~~

O dia nasce com um sol brilhante, em meio
à nuvens esparsas. Camila e Liam foram os
vencedores da Caça ao Tesouro e
acompanhados por dois instrutores,
executam manobras radicais a bordo de jet
skis, fazendo inveja para todos os estudantes
do Prisma.

Nina, Lais e Nathália já estão com suas

bolsas de praia a tiracolo, aguardando a
escuna chegar ao píer. O almoço da galera
acontecerá em uma ilha próxima, a meia
hora da Ilha Inamorata.

Harry e Gancho estão posicionados,

aguardando Bola chegar à praia. Quando
finalmente dá as caras, os garotos se jogam
em cima dele, arrastando-o para um local
longe das vistas curiosas.

— O que está aprontando, Bolota? – Harry

interpela, impaciente.

— O quê? Do que você está falando?


— Não se faça de besta. Ande logo, conte o

que está aprontando com as Kibis. – Gancho
aperta o pescoço do garoto com força. – Está
dando uma de agente duas caras, é isso?
Leva e traz? Moleque de recados?

— Qual é, Gancho, eu nunca faria isso com

vocês. – Bola está ficando vermelho e sem
ar.

Você e a Bárbara estavam nos seguindo

na trilha ontem, não estavam? – Harry
pergunta, com cara de quem vai matar
alguém. – Anda, responde!

— Estou sem ar. – a voz do garoto é

apenas um sopro.

— Solte ele, Gancho. – Harry toca o braço do

amigo, fazendo-o soltar o pescoço de Bola.

— Galera, juro, eu não fiz nada. – Bola

choraminga.

— Meu irmãozinho, desde que chegamos na

ilha você aprontou muito pouco. E isso só
quer dizer uma coisa: você está ocupado com
algo mais importante. – Gancho faz pausa
para respirar. – Das duas uma: ou você virou
um maricas ou está de conluio com as Kibis.

— Gancho, Harry, caras… eu não fiz nada

errado, juro para vocês!

— Resposta errada. Você sempre está

aprontando alguma. – Harry chega mais perto
e Bola recua dois passos. – Se eu souber que
você está metido com as Kibis, juro por Deus,
encho você de porrada!

— Caramba, Harry, pega leve. Tô falando,

podem confiar em mim, juro por Deus. – Bola
cruza os dedos às costas. Nem Harry, nem
Gancho percebem a manobra.

— Ei, vocês, a escuna chegou! – Zayn grita

na direção dos três.

— Se tem algo para nos contar, que seja

agora. – Gancho ruge, enfurecido. – Estou
dando uma chance a você, Bola.

— Já disse, sou inocente.


Harry e Gancho se entreolham. Nenhum dos

dois acredita em Bola, mas a partir de agora,
ficarão espertos com o garoto.

— Vai, vaza. – Gancho dá um tapa na nuca

de Bola e o garoto sai correndo.

— Não acreditei em uma palavra. – Harry

lança um olhar matador para o nada.

— Nem eu, man. De agora em diante,

ficaremos de olho nele.


~~***~~

A bordo da escuna, as meninas fritam no
sol e os garotos jogam truco. Nina está
afastada da turma, sentindo o vento nos
cabelos e uma liberdade gostosa, dessas que
poucas vezes sentimos.

Harry se aproxima, sem ser notado.


— Um milhão pelos seus pensamentos.


— Um milhão de quê? Me disseram que seu

pai cortou a sua mesada. – Nina ironiza, sem
olhar para trás.

— Que tal um milhão de beijos? É a única

moeda de troca que tenho no momento.

Harry arranca uma gargalhada de Nina. Ela

gira nos calcanhares para encará-lo, já
sabendo o que irá encontrar: um sorriso
debochado naqueles lábios altamente
sugestivos.

Mesmo com os óculos de sol, Nina precisa

colocar o braço à frente do rosto para fitar
um Harry sem camisa. O mal tempo foi embora
e a previsão afirma que é em definitivo, até o final da viagem.

— E então? Em que está pensando? – ele

insiste.

— Nos lugares que ainda não conheço, nas

viagens que quero fazer. – Nina faz uma
pausa, olhando para os chinelos coloridos que
Lais emprestou. – Por que isso importa?

— Tudo o que diz respeito a você é

importante para mim.

— Rá! Você realmente quer perder os

dentes, não é? Pare de me zoar, tá legal?

— Não estou brincando. – Harry chega mais

perto e Nina dá um passo atrás, batendo com
as costas no parapeito da embarcação. – Me
diga, que lugar quer muito conhecer e ainda
não conhece?

— Paris. – ela responde, com ar distraído.


— Paris? La ville lumière? (Paris? A Cidade da Luz?)


— Ah, não. Você fala francês. – Nina revira

os olhos, com desdém.

— É a linguagem do amor, sabe como é.


— Como você é óbvio, Harry. – ela rebate,

estalando a língua no alto da boca.

— Je ne suis pas pardi. D’ailleurs, tu sais

que tu es très belle, aujourd’hui?(Eu não vou embora. Alem disso você sabe que esta linda hoje?)

— Acha que estou linda hoje? Sério

mesmo? – Nina manda muito bem no
francês.

— Putz grila! – o cara é pego no contrapé.– Fala francês? Por que não me disse?


— Tu ne m’as pas demandé, con.(Você não me perguntou, estúpido).


— Hahahahaha. Nina, você é uma caixinha

de surpresas.

— E como eu disse, você é o cara mais

óbvio que conheço. – ela gira sobre os
chinelos e suspira profundamente. Harry
entende a deixa, mas não desiste de
aporrinhar.

— Que lugar mais a atrai em Paris? – ele

pergunta, entre os cabelos esvoaçantes de
Nina.

— Podemos até conversar civilizadamente

se você largar de ser um otário.

— Tudo bem. O otário sai e o legal entra

em cena. Pronto, podemos conversar. – ele
faz uma pausa. – E então? O que quer
conhecer em Paris?

Nina bufa alto antes de responder, num

rugido:

— O Louvre.


— Tantas coisas para conhecer em Paris e é

o Louvre que chama a sua atenção? – Harry se
posiciona ao lado de Nina. Alisa os cachos
para trás e aguarda uma resposta à
provocação.

— Quero ver a pirâmide de vidro de perto.

Pode até ser que eu chore de emoção. – Nina
entra em devaneios, afastando os cabelos
que teimam em voar para o rosto. – Algo me
diz que o Louvre é um lugar mágico. – então,
se dá conta de com quem está dialogando e
completa: – Vai me zoar?

— É claro que não. Aliás, poderíamos ir

juntos a esse lugar mágico. Prometo enxugar
suas lágrimas. – Harry sorri, acompanhando a
reação de Nina de rabo de olho.

— Poxa, não dá mesmo para manter uma

conversa normal com você. – ela se inflama
de raiva.

— Estamos tendo uma conversa normal. –

ele retruca, indignado.

— Não estamos não. E quer saber? Dê o

fora daqui antes que meu joelho de ferro
entre em ação!

— Ei, Harry, venha tocar algo para nós! –

Gancho grita, com o violão em mãos.

— Bem, fui salvo pelo gongo. – curvandose

perante Nina, finaliza de maneira teatral:
- Ma chérie, enchantée de te parler. Au
revoir.(Minha Queria, foi uma prazer falar com você. Até logo).


~~***~~

A Ilha da Sereia é um lugar mágico,
cercado por uma atmosfera aconchegante e
rústica. As principais atividades da pequena
ilha são a pesca, o artesanato e o turismo.
Um dos únicos restaurantes do lugarejo
localiza-se à beira-mar. Esse é um local alto
astral, bucólico e super colorido. É o típico
lugar em que você se sente abraçado ao
entrar.

Após o almoço, Nina dá de cara com o

violão de Harry sobre uma mesa e tomada por
uma urgência do além, toca as cordas com a
ponta dos dedos, sentindo-se arrepiar. A
energia de Harry emana do instrumento. Lais e
Nathi se entreolham, aos pulinhos.

— Toque para nós, Nina. – Nathália pede,

com olhos brilhando em excitação.

— Não na frente dessa galera. – Nina

recua.

— Podemos ir ali, naquele cantinho. – Lais

aponta para um lugar mais distante, uma
espécie de bangalô sobre um tablado de
madeira.

— Ah, Nina, por favor! – Nathi implora.


— Ei, Gancho! – Nina chama. – Posso pegar

o violão do Harry emprestado?

— Vai quebrar na cabeça dele? – o pirata

arregala os olhos.

— Não, Cabeçudo! Ela vai tocar para nós. –

Nathi intervém. – Acha que o Harry ficará
bravo?

— Bom, se a cabeça do cara ficar inteira,

acho que não tem problema algum. – Gancho
libera o violão e as amigas se encaram,
sorrindo.


~~***~~

Quando Harry sai do mar, leva as mãos aos
cabelos, livrando-se do excesso de água. Com
os olhos cerrados, sente uma vibração chegar
aos ouvidos: uma voz melodiosa acima de
duas outras. São vozes femininas, ao som de
um violão.

As pálpebras de Harry se abrem, procurando.

Petrifica no lugar quando vê a cena, para
variar, em câmera lenta:
Nathi e Lais estão sentadas sobre futons,
elevadas por um tablado. Seus corpos vem e
vão, acompanhando o ritmo ditado pelo
violão. Nina, sentada ao meio, toca com uma
palheta em punho, os acordes tomando vida
a cada batida.

E a voz, o que dizer da voz? Seria Nina

uma sereia disfarçada? Harry está sentindo um
chamado quase insuportável, um clamor que
grita para que ele se aproxime. Antes que
comece a caminhar, quase flutuar em direção
à voz, Gancho dá um tapa no ombro do cara,
trazendo-o de volta à realidade.

— Tudo bem eu ter emprestado o violão

para as meninas? – é a segunda vez que
Gancho faz a pergunta.

— Oi?


— Se liga, Harry! Está com a cabeça onde,

meu camarada?

— Desculpe, Cabeçudo. O que foi?


— Tudo bem eu ter emprestado o seu

violão? Quer que eu faça mímica?

— Ah, isso. Sem problemas. – Harry

responde, de forma casual. Seus olhos
retomam o caminho até o tablado e ali se
fixam, vidrados.

— Harry? Você está de boa? – Gancho corta a

visão do amigo com a palma da mão. – Ai,
meu bom God! O que é isso que eu vejo?

— Hum? – Harry ouve a voz de Gancho lá

longe.

— Meu irmão, você está gamadão! Cara,

não acredito nisso! Como eu não percebi
antes?

— O quê? – Harry se sobressalta. – Cale a

boca, Cabeça, não é nada disso.

— Harry Styles, você está perdidamente apaixonado, meu camaradinha. Juro que não imaginei que viveria para ver essa cena.


— Gancho, enlouqueceu? – Harry sussurra,

olhando para os lados.

— Qual é, Harry, eu sou seu brother! Se não

contar para mim, vai contar para quem?

— Não estou apaixonado, tá legal? – Harry

sustenta uma expressão nervosa, quase
desesperada.

— Harry, sabe que pode me contar qualquer

coisa, não sabe?

— Gancho, no dia em que eu me apaixonar,

você será o primeiro a saber.



Nota da Autora: Como não xingar o Harry a uma situação dessa?? Me diz produção!! Sabe as vezes queria que a Nina parasse de fazer charme e ficasse com logo!! Mias faze o que se esse é o roteiro da história, e como dizem todos nós temos que seguir como o roteiro diz. E se alguém me perguntar se sei francês, vou logo avisando: Eu sei dos paranauê (acho que é assim que se escreve) kkkkkkkkk' Beijos X Beijos 


  

11 comentários:

  1. Perfeito. Harry "gamadão"... kkkkkkkkkkk

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  2. Aaaaaaaaaaah que lindo. Harry apaixonado owwwwn' eu ja sabia!

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    1. Acho que todo mundo sabia, mais como sempre: Menos Ele kkkkkkkkk' :3

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  3. OMG! Leeh que fic é essa??? Comecei a lê-la hoje de manhã. Li todos os capítulos e já estou viciada!! Caraaa... que perfeiçãooo! Vc arrasa! Esperando ansiosamente a continuação... Beijos XBruna

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    1. Caramba, hoje de manhã ?? kkkkkkkkkkkkk que rápida !! Fico feliz que tenha gostado Amora :3

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  4. Leeh linda do meu coração, eu tirei ideias do capitulo 17 da sua fic pra escrever na minha.
    Mas não ficou igual e eu dei créditos pode ver:
    http://dreamland-one-direction.blogspot.com.br/2013/12/opostos-se-atraem-capitulo-6.html
    É que eu sou completamente apaixonada pela fic e por Nirry.
    Bom, espero que não se importe.
    Continua pq tá perfeito e eu to curiosíssima.
    69 bjsss ><

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A cada 10 pessoas que comentam 4 delas dizem, na verdade o que eu realmente não sei o que estou falando, então se entendeu parabéns e obrigada por comentar.
E lembrando foi comprovado cientificamente que comentar emagrece.