Estamos agora à beira da piscina.
Candelabros presos nos galhos das árvores,
criam uma atmosfera aconchegante e
incrivelmente romântica. Uma grandiosa
mesa foi posta lindamente, com trinta e seis
lugares marcados.
O primeiro dia da viagem chega ao fim. A
lua está alta no céu e a trilha sonora vem de
um violão elétrico solitário e uma voz
melodiosa de um cara que não deve ter mais
do que vinte anos.
Nina senta-se entre Nathália e Lais. Come
uma salada de alface com tomates e
morangos. A garota só percebe estar com
fome quando leva a primeira garfada à boca.
Harry está do outro lado da mesa, a
pouquíssimos centímetros de distância. Vez
ou outra seus olhares se encontram, mas ele
não parece ser o mesmo Harry. O que está
havendo?
— Lançou mão da nossa estratégia do dia?– Gancho sussurra no ouvido do amigo.
— Fiz o que você disse. Não elogiei o
biquíni nem o corpaço. Não foi nada fácil.
— E ela? – Gancho pergunta, um tanto
afoito pela resposta.
— Não sei dizer. Acho que ela ficou, tipo…
— Decepcionada? – ele se apressa em
arrematar.
— Essa é a palavra. Decepcionada.
— Bom, muito bom, meu camarada! –
Gancho dá um tapa dolorido no ombro de
Harry. – Vamos levar essa estratégia adiante
até o jogo de amanhã.
O jantar transcorre sem incidentes e até
Bola está tranquilo. A única traquinagem do
dia foi jogar na piscina todas as cuecas de
Niall e Liam, seus colegas de quarto. Mas
o garoto foi pego, como sempre. E foi ele
quem caiu na água, de roupa e tudo, para
resgatar as tais cuecas.
— Certo, pessoal. Depois do jantar,
teremos torneios de poker e sinuca na sala
de jogos. Espero todos vocês por lá. – o
monitor lança o convite.
Nina dispensa a sobremesa. Há uma
urgência em ficar a sós para pensar na vida.
Nathália e Lais se entreolham, preocupadas.
Nina jura que está tudo bem e segue para a
praia, sozinha.
— O que acha que está rolando? – Lais
debate com Nathália, observando Nina
caminhar entre o passeio florido.
— Algo que eu já suspeitava. – Nathi
sustenta uma expressão endurecida.
— Acha que ela está, tipo, ela está…? – Lais
se sobressalta com a possibilidade.
— Sim. Acho que ela está começando a se
apaixonar.
— Não! Isso não pode acontecer! – Lais
arregala os olhos, chacoalhando Nathália
pelos ombros. – Não podemos deixar!
— O problema nessa história toda é que eu
acho que a Nina ainda não percebeu o que
está havendo.
Harry, sem camisa como sempre, observa
Nathi e Lais de longe. Procura por Nina entre
os alunos do Prisma e não a encontra.
Gancho também não a viu.
— Ela deve ter ido para o quarto. – o Gancho
se apoia num taco de sinuca, aguardando a
vez de jogar.
— Vou procurar por ela, beleza? – Harry
avisa.
— Man, lembre-se do que conversamos.
Mantenha a estratégia. – Gancho aponta o
taco para o nariz do amigo.
— Beleza, Cabeçudo.
O garoto demora um bocado para localizar
Nina. Quando a vê, sozinha, sentada na areia
da praia, algo de muito ruim toma conta de
seu peito. É um sentimento estranho, quase
de infelicidade. Harry ignora a sensação e se
encaminha para o local onde ela está.
Nina não percebe a aproximação. O uivo da
brisa é alto e contínuo. Seus cabelos estão
presos por um elástico colorido, esvoaçando
com o vento. Veste um short preto e uma
bata branca, caída na lateral do ombro,
revelando parte do colo e das costas. O olhar
se perde em algum lugar do oceano.
Vazio.
Nina nunca havia sentido o vazio antes.
Nem quando seu primeiro namorado partiu
sem dizer um tchau. Nem quando Bruno a
enganou. Até o dia de hoje, ela não havia se
deparado com essa sensação.
Mas o vazio está ali e incomoda. Sufoca-a
de forma intermitente. Um desespero toma
conta de Nina, uma ânsia que ela não sabe
de onde vem. Algo importante está faltando,
algo essencial que preencha o vazio.
Harry senta-se ao seu lado, sem dizer
palavra. Nina não se vira para ver quem é e
nem precisa. Já reconhece o cheiro dele a
distância.
Abraçada aos joelhos, Nina permanece
calada por um longo tempo. Além do ruído da
brisa do mar, pode ouvir a respiração
cadenciada de Harry ao seu lado. Ela não tem
nada para dizer, está com preguiça até de
pensar. Mas, por incrível que pareça, o
silêncio não incomoda. Ele é bem-vindo para
ambas as partes envolvidas.
Após um tempo que não sei determinar,
Harry corta o silêncio com sua voz rouca e um
tanto preocupada:
— O que está havendo?
— Hum? – Nina está perdida em seu vazio
interior, apenas existindo.
— O que está acontecendo com você?
Nunca a vi assim. – Harry refaz a pergunta.
— Não está acontecendo nada. – Nina
abraça as pernas com mais força.
— Você está triste. – ele conclui.
— É só… deve ser TPM.
— TPM? Isso é um pleonasmo. – Harry ri da
própria piada, mas ao perceber que Nina nem
se move, fica sério novamente. – Desculpe.
— Você tem razão. Não precisa se
desculpar.
Ok, parem tudo. Estrelas: parem de piscar.
Mundo: pare de girar. Tempo: pare de correr
agora mesmo!
— Está concordando comigo? Está doente?
Com febre? – Harry leva a mão à testa de Nina.
Antes de tocá-la, ela gira a cabeça para
encará-lo. O garoto recua, instintivamente,
temendo um tapa, um soco, um cuspe, ou
qualquer coisa que envolva violência física.
Nada disso acontece.
— O que está fazendo aqui, Harry? Tem um
torneio de poker rolando lá dentro. Por que
não vai até lá? – o tom de Nina é um poço
sem fundo.
— Escute, quer dar uma volta? – Harry faz
uma pausa para pensar. – Acabo de me dar
conta de que não sei nada sobre você.
Estudamos juntos há quanto tempo? Seis
meses? – Nina confirma com a cabeça. –
Pois, então, só sei que você curte Creedence,
odeia pessoas que usem cuecas e é uma CDF.
— Harry, me poupe dos seus jogos essa noite,
tá legal? Eu realmente não estou no clima,
não estou a fim de me esforçar para
humilhá-lo.
— Pensei que era natural, que não
precisasse se esforçar para me humilhar. –
Harry pega um punhado de areia, observando–
a escapar por entre os dedos.
— Só essa noite, está bem? Prometo que
amanhã voltarei a odiá-lo com todas as
minhas forças.
Harry deixa o restante da areia se esvair.
Bate uma mão na outra e se levanta num
pulo. Encara Nina antes de lhe estender a
mão.
— Uma volta na praia, sem jogos, sem
aposta. – Harry aguarda, na mesma posição.
— Por que está fazendo isso? – ela hesita.
— Venha.
Contrariando todos os avisos mentais que
gritam “perigo extremo”, Nina aceita a mão
de Harry. Enquanto levanta, livra-se da areia
no short e nas pernas, seguindo-o até a beira
do mar.
AVISO da Autora: Oi meus amores, aposto que você desconfiaram dos tantos capítulos que postei em menos de minutos, bem vou ter que ficar sem postar por uns dias, não serão tantos eu juro, vou ter que levar meu PC pra formatar >:I Chato não ? Bem foi isso não desistam de Ler a Fic Please! Amo vocês. Beijos X Beijos
AAAAAAAAAAAAAH por quanto tempo vai ficar sem postar? Espero q n seja muitos. :(
ResponderExcluirmas quando puder, continua ta muuuuuuuuuiito perfeito
PER-FECT
ResponderExcluirOMJ EU SABIA! EU SABIA! EU DISSE: NINA NÃO APOSTE, VOCÊ VAI ACABAR SE APAIXONANDO, HARRY É IRRESISTÍVEL. MAS ALGUÉM ME ESCUTA?! NÃO! NINGUÉM ME ESCUTA! 'ta parei com meu surto.
ResponderExcluirTomara que você volte a postar logo, porque ta perfeito.
Tomara que você volte a postar logo, porque ta muuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiitoooooooo perfeito.
ResponderExcluirA bobinha da Nina pesava que não ia se apaixonar. rsrsrsrsrs tadinha não conhecia o poder do Styles ainda rçrçrçrçrçrçrç
69 bjss Liamda
Xxxx: Nut
UHUUUL adoro maratona!!! Pena que vc vai demora pra posta de novo :(
ResponderExcluirmas eu vou aguardar ansiosamente!!!
continuaaaaaaaaaaaaaa <3
ResponderExcluirta tão perfeito, acho que vo chora :'''')
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirpor favoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooorr
<3