HTML

10/11/2013

23°CAP - A APOSTA - O JANTAR DE BOAS-VINDAS.






Estamos agora à beira da piscina.
Candelabros presos nos galhos das árvores,
criam uma atmosfera aconchegante e
incrivelmente romântica. Uma grandiosa
mesa foi posta lindamente, com trinta e seis
lugares marcados.

O primeiro dia da viagem chega ao fim. A

lua está alta no céu e a trilha sonora vem de
um violão elétrico solitário e uma voz
melodiosa de um cara que não deve ter mais
do que vinte anos.

Nina senta-se entre Nathália e Lais. Come

uma salada de alface com tomates e
morangos. A garota só percebe estar com
fome quando leva a primeira garfada à boca.

Harry está do outro lado da mesa, a

pouquíssimos centímetros de distância. Vez
ou outra seus olhares se encontram, mas ele
não parece ser o mesmo Harry. O que está
havendo?

— Lançou mão da nossa estratégia do dia?– Gancho sussurra no ouvido do amigo.


— Fiz o que você disse. Não elogiei o

biquíni nem o corpaço. Não foi nada fácil.

— E ela? – Gancho pergunta, um tanto

afoito pela resposta.

— Não sei dizer. Acho que ela ficou, tipo…


— Decepcionada? – ele se apressa em

arrematar.

— Essa é a palavra. Decepcionada.


— Bom, muito bom, meu camarada! –

Gancho dá um tapa dolorido no ombro de
Harry. – Vamos levar essa estratégia adiante
até o jogo de amanhã.

O jantar transcorre sem incidentes e até

Bola está tranquilo. A única traquinagem do
dia foi jogar na piscina todas as cuecas de
Niall e Liam, seus colegas de quarto. Mas
o garoto foi pego, como sempre. E foi ele
quem caiu na água, de roupa e tudo, para
resgatar as tais cuecas.

— Certo, pessoal. Depois do jantar,

teremos torneios de poker e sinuca na sala
de jogos. Espero todos vocês por lá. – o
monitor lança o convite.

Nina dispensa a sobremesa. Há uma

urgência em ficar a sós para pensar na vida.
Nathália e Lais se entreolham, preocupadas.
Nina jura que está tudo bem e segue para a
praia, sozinha.

— O que acha que está rolando? – Lais

debate com Nathália, observando Nina
caminhar entre o passeio florido.

— Algo que eu já suspeitava. – Nathi

sustenta uma expressão endurecida.

— Acha que ela está, tipo, ela está…? – Lais

se sobressalta com a possibilidade.

— Sim. Acho que ela está começando a se

apaixonar.

— Não! Isso não pode acontecer! – Lais

arregala os olhos, chacoalhando Nathália
pelos ombros. – Não podemos deixar!

— O problema nessa história toda é que eu

acho que a Nina ainda não percebeu o que
está havendo.

Harry, sem camisa como sempre, observa

Nathi e Lais de longe. Procura por Nina entre
os alunos do Prisma e não a encontra.
Gancho também não a viu.

— Ela deve ter ido para o quarto. – o Gancho

se apoia num taco de sinuca, aguardando a
vez de jogar.

— Vou procurar por ela, beleza? – Harry

avisa.

— Man, lembre-se do que conversamos.

Mantenha a estratégia. – Gancho aponta o
taco para o nariz do amigo.

— Beleza, Cabeçudo.


O garoto demora um bocado para localizar

Nina. Quando a vê, sozinha, sentada na areia
da praia, algo de muito ruim toma conta de
seu peito. É um sentimento estranho, quase
de infelicidade. Harry ignora a sensação e se
encaminha para o local onde ela está.

Nina não percebe a aproximação. O uivo da

brisa é alto e contínuo. Seus cabelos estão
presos por um elástico colorido, esvoaçando
com o vento. Veste um short preto e uma
bata branca, caída na lateral do ombro,
revelando parte do colo e das costas. O olhar
se perde em algum lugar do oceano.
Vazio.

Nina nunca havia sentido o vazio antes.

Nem quando seu primeiro namorado partiu
sem dizer um tchau. Nem quando Bruno a
enganou. Até o dia de hoje, ela não havia se
deparado com essa sensação.

Mas o vazio está ali e incomoda. Sufoca-a

de forma intermitente. Um desespero toma
conta de Nina, uma ânsia que ela não sabe
de onde vem. Algo importante está faltando,
algo essencial que preencha o vazio.

Harry senta-se ao seu lado, sem dizer

palavra. Nina não se vira para ver quem é e
nem precisa. Já reconhece o cheiro dele a
distância.

Abraçada aos joelhos, Nina permanece

calada por um longo tempo. Além do ruído da
brisa do mar, pode ouvir a respiração
cadenciada de Harry ao seu lado. Ela não tem
nada para dizer, está com preguiça até de
pensar. Mas, por incrível que pareça, o
silêncio não incomoda. Ele é bem-vindo para
ambas as partes envolvidas.

Após um tempo que não sei determinar,

Harry corta o silêncio com sua voz rouca e um
tanto preocupada:

— O que está havendo?


— Hum? – Nina está perdida em seu vazio

interior, apenas existindo.

— O que está acontecendo com você?

Nunca a vi assim. – Harry refaz a pergunta.

— Não está acontecendo nada. – Nina

abraça as pernas com mais força.

— Você está triste. – ele conclui.


— É só… deve ser TPM.


— TPM? Isso é um pleonasmo. – Harry ri da

própria piada, mas ao perceber que Nina nem
se move, fica sério novamente. – Desculpe.

— Você tem razão. Não precisa se

desculpar.

Ok, parem tudo. Estrelas: parem de piscar.

Mundo: pare de girar. Tempo: pare de correr
agora mesmo!

— Está concordando comigo? Está doente?

Com febre? – Harry leva a mão à testa de Nina.

Antes de tocá-la, ela gira a cabeça para

encará-lo. O garoto recua, instintivamente,
temendo um tapa, um soco, um cuspe, ou
qualquer coisa que envolva violência física.
Nada disso acontece.

— O que está fazendo aqui, Harry? Tem um

torneio de poker rolando lá dentro. Por que
não vai até lá? – o tom de Nina é um poço
sem fundo.

— Escute, quer dar uma volta? – Harry faz

uma pausa para pensar. – Acabo de me dar
conta de que não sei nada sobre você.
Estudamos juntos há quanto tempo? Seis
meses? – Nina confirma com a cabeça. –
Pois, então, só sei que você curte Creedence,
odeia pessoas que usem cuecas e é uma CDF.

— Harry, me poupe dos seus jogos essa noite,

tá legal? Eu realmente não estou no clima,
não estou a fim de me esforçar para
humilhá-lo.

— Pensei que era natural, que não

precisasse se esforçar para me humilhar. –
Harry pega um punhado de areia, observando–
a escapar por entre os dedos.

— Só essa noite, está bem? Prometo que

amanhã voltarei a odiá-lo com todas as
minhas forças.

Harry deixa o restante da areia se esvair.

Bate uma mão na outra e se levanta num
pulo. Encara Nina antes de lhe estender a
mão.

— Uma volta na praia, sem jogos, sem

aposta. – Harry aguarda, na mesma posição.

— Por que está fazendo isso? – ela hesita.


— Venha.


Contrariando todos os avisos mentais que

gritam “perigo extremo”, Nina aceita a mão
de Harry. Enquanto levanta, livra-se da areia
no short e nas pernas, seguindo-o até a beira
do mar.


AVISO da Autora: Oi meus amores, aposto que você desconfiaram dos tantos capítulos que postei em menos de minutos, bem vou ter que ficar sem postar por uns dias, não serão tantos eu juro, vou ter que levar meu PC pra formatar >:I Chato não ? Bem foi isso não desistam de Ler a Fic Please! Amo vocês. Beijos X Beijos

7 comentários:

  1. AAAAAAAAAAAAAH por quanto tempo vai ficar sem postar? Espero q n seja muitos. :(
    mas quando puder, continua ta muuuuuuuuuiito perfeito

    ResponderExcluir
  2. OMJ EU SABIA! EU SABIA! EU DISSE: NINA NÃO APOSTE, VOCÊ VAI ACABAR SE APAIXONANDO, HARRY É IRRESISTÍVEL. MAS ALGUÉM ME ESCUTA?! NÃO! NINGUÉM ME ESCUTA! 'ta parei com meu surto.
    Tomara que você volte a postar logo, porque ta perfeito.

    ResponderExcluir
  3. Tomara que você volte a postar logo, porque ta muuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiitoooooooo perfeito.
    A bobinha da Nina pesava que não ia se apaixonar. rsrsrsrsrs tadinha não conhecia o poder do Styles ainda rçrçrçrçrçrçrç
    69 bjss Liamda
    Xxxx: Nut

    ResponderExcluir
  4. UHUUUL adoro maratona!!! Pena que vc vai demora pra posta de novo :(
    mas eu vou aguardar ansiosamente!!!

    ResponderExcluir
  5. continuaaaaaaaaaaaaaa <3
    ta tão perfeito, acho que vo chora :'''')

    ResponderExcluir
  6. continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
    por favoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooorr
    <3

    ResponderExcluir

A cada 10 pessoas que comentam 4 delas dizem, na verdade o que eu realmente não sei o que estou falando, então se entendeu parabéns e obrigada por comentar.
E lembrando foi comprovado cientificamente que comentar emagrece.